Um caso curioso e audacioso está sendo investigado pela Polícia Civil em Camaragibe, no Grande Recife. Uma jovem de 20 anos, identificada como Francielly dos Santos, está sendo acusada de aplicar um golpe em uma pizzaria, onde forjava comprovantes de pagamento via PIX para não pagar pelos pedidos feitos ao longo de quase dois anos. Quando confrontada sobre a dívida, que ultrapassava R$ 800, ela simulou a própria morte em uma tentativa de evitar o pagamento.
O dono da pizzaria Delicious Delivery, Alex Renato Silva, tornou o caso público através do Instagram. Segundo ele, Francielly havia se tornado uma cliente frequente, fazendo pedidos que chegavam a três vezes por semana. Durante um ano e oito meses, ela conseguiu enganar o estabelecimento com comprovantes de PIX falsificados, totalizando uma dívida de R$ 814.
Alex Renato explicou ao g1 que a fraude só foi descoberta no início de 2024. “Os funcionários viam o comprovante e achavam que estava tudo certo. Um dia, ela pediu para a casa de uma amiga e, enquanto eu estava no computador, notei que não havia nenhuma notificação de PIX”, contou o empresário.
Desconfiado, Renato foi até o banco com um dos comprovantes e descobriu que o documento era falso. Os funcionários do banco apontaram várias inconsistências no comprovante, como o uso de fontes diferentes, indicando que ele havia sido manipulado. Quando Renato tentou cobrar a dívida, ele afirmou ter sido “enrolado” por Francielly. Dias depois, ele descobriu que a cliente havia enviado uma mensagem para outro estabelecimento, ao qual também devia, simulando sua morte devido a complicações de uma cirurgia.
“Por favor, respeite o luto da família. […] Até hoje pela manhã, nossa menina estava aqui feliz, sorridente, mas, infelizmente, chegou sua hora”, dizia a mensagem enviada por Francielly.
A situação tomou um rumo ainda mais surreal quando, três dias depois, Renato encontrou Francielly em um bar. “Ela estava lá bebendo. Eu fui falar com ela e ela se negou, disse que não iria pagar nada. Como estava cheio de gente, eu preferi deixar para lá”, relatou Renato.
O caso está sendo tratado como estelionato/fraude e segue sob investigação da Polícia Civil.