Uma jovem de 24 anos que estava sendo investigada pela morte da filha recém-nascida, em Barreiras, no oeste da Bahia, se apresentou à polícia e confessou ter matado o bebê. A princípio, a polícia registrou o caso, em maio deste ano, como desaparecimento, mas depois a jovem passou a ser investigada.
A mulher de 24 anos confessou, em depoimento realizado na última quinta-feira (20), em Barreiras, que, ao chegar da maternidade, enrolou a recém-nascida em um lençol, a trancou em um armário e saiu de casa, só retornando três dias depois. Depois do depoimento, a jovem foi para Goiás, onde mora com a família e faz tratamento psicológico. O delegado não detalhou a cidade que ela mora.
Crime
Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (27), o delegado José Romero, que está à frente do caso, disse que a mulher contou que após constatar que a bebê estava morta, ela esquartejou e queimou a criança, e jogou partes no vaso sanitário.
A polícia informou à época do crime que a jovem, que não teve identidade divulgada, foi diagnosticada com depressão pós-parto. Na época, após familiares desconfiarem do desaparecimento da criança, a mulher alegou que tinha dado o bebê para um conhecido. Os parentes, então, registraram boletim de ocorrência, denunciando que ela teria doado a criança de forma ilegal.
Segundo José Romero, as investigações neste sentido não progrediram. “Com algumas informações que a família passou, e também do celular dela que eles nos entregaram, a gente começou a checar as pessoas que eram próximas dela. Mas todas as provas que nós seguimos não deram em nada. Eram falsas. Ela dizia que tinha dado um bebê a tal pessoa, aí a gente encontrava essa pessoa e nada. Nada disso foi comprovado “, disse o delegado.
Após irem até a casa da mulher, investigadores encontraram uma panela queimada dentro do fogão e um saco com fragmentos de ossos, também queimados. A partir daí, a mulher passou a ser investigada. O material encontrado foi enviado para a perícia, que apontou que os ossos eram humanos.
O delegado José Romero informou que, a partir da confissão da mulher, quase quatro meses após o crime, o material de DNA dela foi colhido para determinar se os restos encontrados realmente são da filha dela. Se comprovada a identidade do bebê, a jovem poderá responder por infanticídio, ou homicídio qualificado.