Três jovens foram condenados a 35 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da pastora Eliana de Jesus Santos, de 35 anos, e seu filho, Ronivon Santana Batista, de 14 anos. A sentença foi proferida após 19 horas de julgamento por júri popular, realizado na quarta-feira (19) em Conceição do Jacuípe, a cerca de 98 km de Salvador.
O crime ocorreu em 15 de abril de 2022 na residência das vítimas, localizada na Rua Otaciano Lima, bairro Garrancho. O imóvel também funcionava como sede da Igreja Assembleia de Deus Ministério Coluna de Fogo, liderada por Eliana. Inicialmente, a Polícia Civil investigava a hipótese de que Eliana teria matado o filho e cometido suicídio.
Contudo, exames periciais e a necropsia revelaram inconsistências com essa hipótese. A investigação concluiu que os três homens – dois com 26 anos e um com 23 – simularam a cena do crime, cortando os pulsos da mulher e espalhando remédios pelo local. Eliana e o filho foram mortos por asfixia, com o uso de uma técnica conhecida como “mata-leão”.
A reviravolta no caso ocorreu em julho daquele ano, quando os suspeitos foram presos. A polícia encontrou documentos, objetos roubados e até receitas de medicamentos da vítima na casa de um dos acusados. Segundo apurado pela TV Bahia, os três confessaram a autoria dos homicídios.
De acordo com a investigação, a pastora desconfiava que um dos jovens, com quem mantinha um relacionamento amoroso, estivesse envolvido com outra pessoa. O Ministério Público apontou que os três condenados mantinham um triângulo amoroso. Para o promotor Ariomar José Figueiredo da Silva, o crime foi descrito como “macabro e revoltante”.
Os réus foram condenados por duplo homicídio qualificado, com os agravantes de motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas. Eles permanecem presos à disposição da Justiça.