O empresário Dadie Barbosa Alves, de 39 anos, que recentemente postou nas redes sociais uma mensagem de amor para sua esposa, Carla de Oliveira Vieira, de 29 anos, a matou com 17 facadas na noite de quarta-feira (19/6) em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Na mensagem publicada no Instagram em maio do ano passado, ele desejava que os sonhos dela se realizassem e que ela tivesse sucesso. A postagem era acompanhada de uma foto do casal em um momento carinhoso.
“Que seus sonhos se realizem, que o seu caminho esteja recheado de sucesso e que fiquemos juntos até que não haja mais vida para viver. Feliz aniversário! Te amo muito”, escreveu Dadie na legenda da foto.
O irmão de Carla, Kaic de Oliveira Vieira, de 25 anos, testemunhou o momento em que Dadie a atacava. Segundo Kaic, ele ouviu a discussão do casal no quarto e, ao perceber que o confronto havia se intensificado, entrou no quarto e encontrou Dadie esfaqueando Carla, pressionando-a contra o guarda-roupa. Kaic conseguiu interromper o ataque momentaneamente e levou Carla até a cozinha, onde Dadie a seguiu e desferiu mais três facadas nas costas dela.
Dadie foi preso em flagrante por guardas civis municipais. Ele confessou o crime e, segundo os agentes da Polícia Civil, disse: “Matei ela. Fui traído, por isso matei”. Dadie é um dos proprietários de um restaurante de comida japonesa na zona norte de São Paulo.
Câmeras de monitoramento capturaram imagens de Dadie com a faca usada no crime, próximo ao elevador do prédio. Ele escondeu a arma na cintura e saiu do local. Minutos depois, os guardas civis municipais foram filmados carregando Carla, ainda viva, em um lençol. Ela foi levada para a UPA do bairro, mas não resistiu aos ferimentos.
Um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) relatou ter identificado pelo menos 17 perfurações no corpo de Carla. Dadie foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri. No depoimento, ele mencionou que estava casado com Carla há nove anos e que o casal tinha uma filha de quatro anos. Dadie se recusou a fornecer mais detalhes sobre o crime, afirmando que só falaria em juízo.