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Polícia e investigação

Justiça bloqueia R$ 101 milhões em jogo de azar promovido por influenciadores

Desvendando a influência de celebridades na promoção de jogos online.

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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Em uma ação sem precedentes, a Justiça brasileira determinou o bloqueio de mais de R$ 101 milhões da plataforma Blaze, operadora do “Jogo do Aviãozinho”, uma atividade online que ganhou notoriedade após ser divulgada por um grupo de influenciadores famosos. Este caso levanta questões significativas sobre a regulamentação de jogos online no Brasil e o papel dos influenciadores digitais na promoção de atividades potencialmente ilegais.

A decisão judicial surgiu após uma série de denúncias de usuários que se sentiram prejudicados pela plataforma, alegando não terem recebido os prêmios prometidos. A Blaze, que também é conhecida pelo controverso “Jogo do Tigrinho”, enfrenta agora investigações por suspeitas de irregularidades e práticas enganosas.

Entre os influenciadores que promoveram o “Jogo do Aviãozinho” e outros jogos de azar estão nomes de peso como Neymar, Viih Tube, Bruna Biancardi, Sthe Matos, Arthur Aguiar, Cezar Black, Carlinhos Maia, Rodrigo Mussi, Jon Vlogs e Rico Melquiades. A promoção feita por essas celebridades contribuiu para uma maior visibilidade e popularidade do jogo, atraindo um número significativo de novos usuários.

O jogo consiste em uma dinâmica online onde os apostadores investem um valor e acompanham um avião subindo. À medida que o avião sobe, o potencial prêmio aumenta, e o jogador deve decidir quando interromper o voo. Entretanto, se a palavra “Crashed” aparecer, a aposta é perdida, e o dinheiro vai para a plataforma.

Vítimas do jogo relataram ao programa Fantástico experiências negativas, incluindo uma que afirmou ter ganhado mais de R$ 100 mil, mas conseguiu sacar apenas uma fração desse valor. Outra vítima mencionou ter depositado R$ 2.800 e ganhado R$ 98 mil, mas foi acusada de fraudar a plataforma ao tentar sacar o prêmio, perdendo assim todo o valor acumulado.

A Blaze, no entanto, opera a partir de Curaçao, o que complica as investigações e ações judiciais no Brasil. Apesar de uma ordem judicial prévia para retirar o site do ar, um novo domínio foi rapidamente estabelecido, mantendo o jogo acessível.

O Ministério Público de São Paulo chegou a pedir o arquivamento do inquérito contra a Blaze, e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site, colocando em dúvida o futuro das ações legais contra a plataforma e seus promotores.

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