A baiana Jasiane Teixeira, conhecida como “Dona Maria”, foi presa em janeiro em São Paulo, onde residia, após quase quatro anos em liberdade por habeas corpus. Ela é apontada pelas autoridades como a maior traficante de drogas e armas da Bahia.
Na quarta-feira (26), a Justiça da Bahia decretou sua prisão preventiva e transferência para o estado. Durante a operação conjunta entre as polícias da Bahia e de São Paulo, foram encontrados R$ 66 mil em espécie, celulares e anotações relacionadas ao tráfico.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Jasiane era considerada foragida após condenação a 14 anos de prisão por envolvimento na morte de um agente penitenciário, além de crimes de tráfico e porte de drogas. Ela também é suspeita de crimes como roubo, falsidade ideológica e corrupção de menores na cidade de Jequié.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Gaeco, aponta que “Dona Maria” administrava uma facção criminosa com atuação na região de Vitória da Conquista, cuidando da contabilidade e ocultação de lucros, utilizando contas de terceiros para burlar órgãos de fiscalização.
Em 2019, ela foi presa em Biritiba Mirim (SP) após investigações e constava no Baralho do Crime da SSP-BA como dama de copas. Foi transferida para Salvador sob forte esquema de segurança, algemada e com os olhos vendados. No dia seguinte, foi apresentada à imprensa e alegou inocência.
As investigações indicam que Jasiane intermediava compras de armas pesadas, como fuzis e granadas, para os grupos que liderava. Um avião apreendido em 2019, supostamente usado para trazer drogas e armas de outros países da América do Sul, foi leiloado por R$ 800 mil no ano seguinte.
Após ficar detida no Conjunto Penal de Juazeiro, foi solta em março de 2020 por decisão do desembargador Lourival Almeida Trindade, que considerou ilegal sua prisão preventiva.
