Justiça nega tornozeleira e renova prisão temporária de influencer evangélico acusado de estuprar três fiéis

São Paulo – A Justiça paulista negou nesta quarta-feira (18/10) o pedido para o uso de tornozeleira eletrônica e renovou a prisão temporária de Victor Bonato, 27 anos, influencer evangélico acusado de estuprar três mulheres. O magistrado responsável, juiz Fábio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, afirma que a liberdade do influencer colocaria em risco a investigação e a segurança das vítimas.

O caso

Bonato, que é fundador do movimento religioso Galpão em Alphaville, um bairro de alta classe em Barueri, São Paulo, foi preso no dia 20 de setembro. Ele está detido na Cadeia Pública Masculina de Carapicuíba, conforme revelou o Metrópoles. O influencer alega inocência e afirma que as relações foram consentidas.

Argumentos jurídicos

A defesa, liderada pela advogada Samara Batista Santos, tinha solicitado a revogação da prisão temporária e sugerido o uso de tornozeleira eletrônica. Ela argumenta que não surgiram novas denúncias e que Bonato não apresenta risco de fuga ou interferência na investigação.

Em contrapartida, o Ministério Público de São Paulo foi contrário à soltura. “A prisão se faz necessária para resguardar a ordem pública, já que o acusado é tido como um líder religioso cercado por inúmeros jovens”, apontou o promotor Estêvão Luís Lemos Jorge.

Detalhes dos crimes

Segundo depoimento das vítimas à Polícia Civil, os crimes ocorreram entre janeiro e setembro deste ano, fora dos espaços do movimento religioso. O influencer convidava as mulheres para assistir a um filme em sua residência, onde fazia avanços sexuais sem o consentimento delas. Em dois casos, teria forçado sexo oral e esfregado seu órgão sexual no rosto de uma delas.

Impacto social e repercussão

Na véspera de sua prisão, Victor Bonato fez uma publicação em suas redes sociais pedindo “perdão às meninas” por “pecados” cometidos, sem detalhar as ações. Para a defesa, ele estava apenas admitindo falhas de caráter, não crimes.