Mãe Bernadete, liderança quilombola, é assassinada em território sagrado na Bahia

Governador Jerônimo Rodrigues e ministros Anielle Franco e Silvio Almeida se pronunciam sobre o ocorrido.

Na noite da última quinta-feira (17/08), um assassinato ocorreu em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Maria Bernadete Pacífico, a renomada Mãe Bernadete, foi morta em seu próprio território, o Quilombo Pitanga dos Palmares.

Quem era Mãe Bernadete? Ela era mais do que a ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Era líder da comunidade quilombola de Simões Filho e mãe de Binho do Quilombo, outra liderança de destaque, infelizmente assassinado há 6 anos.

O pesar foi evidente entre os grupos de direitos quilombolas. A Conaq expressou profunda tristeza, lembrando o papel vital de Mãe Bernadete na luta contra a discriminação e o racismo. Em suas palavras: “Ela era uma luz brilhante”.

A necessidade de justiça é iminente. Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia, reconhecendo a magnitude do crime, acionou prontamente as polícias Militar e Civil. Nas palavras do governador: “Recebi com indignação a notícia da morte de Mãe Bernadete e determinei investigação rigorosa”.

Mas não foi só o governo estadual que se mobilizou. Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, juntamente com Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, assegurou ação direta e envio de equipes especializadas à região.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) deu início às investigações. Informações iniciais apontam para dois suspeitos encapuzados. A SSP incentiva que informações sejam compartilhadas anonimamente pelo telefone 181.

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