Na madrugada desta terça-feira, dia 2, o médico Paulo Evandro Napoleão Lopes, de 36 anos, foi encontrado sem vida no alojamento para profissionais do Hospital Monsenhor Alfredo Dâmaso, situado em Bom Conselho, Pernambuco. Ao lado do corpo, foi encontrada uma ampola vazia de medicamento empregado em procedimentos de intubação.
A Polícia Civil de Pernambuco informou que o médico estava em seu turno de trabalho quando o caso ocorreu. Relatos indicam que ele havia pedido assistência a uma enfermeira para realizar uma inserção venosa, porém, a enfermeira não foi informada sobre qual medicamento seria administrado. O corpo foi examinado pelo Instituto de Criminalística e posteriormente enviado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru para os procedimentos cabíveis.
Em caso anterior, Paulo Evandro enfrentou investigações no estado de Alagoas por um suposto envolvimento em um caso de atentado ao pudor contra um paciente de 20 anos. A situação teria ocorrido durante um atendimento na UPA de Jaraguá, onde o médico atuava. De acordo com o Boletim de Ocorrência e o depoimento do paciente, o médico o penetrou após um exame de toque retal, a ação foi posteriormente negada pelo profissional.
“Eu fique sem reação. Só virei. Não tive. Não consegui fazer nada. Ele [o médico] começou a se desculpar e disse ‘desculpa, eu me confundi, achei que era isso que você queria’. Ficou se desculpando e ficou cerca de uns 15, 20 minutos tentando mudar o foco da conversa e depois pediu para que eu não falasse para ninguém. Eu tentei enrolar ele porque eu só queria sair dali, sabe”, relatou o paciente.
A denúncia levou à demissão do médico da unidade, mas o processo foi arquivado após desistência da vítima, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Alagoas baseada no Art. 485, VIII, do Código de Processo Civil. O encerramento formal do caso se deu sem a imposição de custas processuais, concluindo-se com o arquivamento após o prazo recursal, sob a responsabilidade legal do advogado Victor Lima Albuquerque, OAB 18562AL.