Médico é proibido de praticar medicina por oferecer tratamento envolvendo fezes para autismo

Transplante fecal: Prática sem evidência científica conduz à perda de licença médica.

Um médico do Canadá perdeu sua licença para exercer medicina após a venda de um suposto tratamento para autismo, envolvendo transplante fecal, que custava US$ 15 mil – equivalente a cerca de R$ 73 mil. Jason Klop foi acusado de aproveitar-se de famílias em busca de cura para o autismo, prometendo resultados por meio de um método sem comprovação científica.

Klop alegava que seu tratamento consistia na coleta de bactérias das fezes de doadores saudáveis para, em seguida, inseri-las em crianças autistas por meio de comprimidos ou lavagem intestinal. Ele defendia que o procedimento provocaria “melhoras sensíveis” nos sintomas do autismo. Esta prática era realizada em várias clínicas localizadas em países como México, Hungria, Áustria e Panamá.

Durante as investigações, foi descoberto que aproximadamente 60 crianças foram submetidas a tal tratamento. A decisão de revogar a licença do médico ocorreu na última quarta-feira, e ele ficará impedido de retomar sua prática médica por um período de cinco anos. Adicionalmente, Klop enfrentará uma multa de US$ 7.500, ou cerca de R$ 36 mil.

As autoridades de saúde reiteram que não existe atualmente uma cura para o autismo e que tratamentos devem ser sempre baseados em evidências científicas.