Uma denúncia de agressões físicas e xingamentos de cunho racista foi registrada por uma mãe de 43 anos na Polícia Militar. O episódio envolveu sua filha de 12 anos, aluna de uma escola municipal em Novo Horizonte, São Paulo. Segundo o relato, no dia 11 de março, a menina, que tem pele negra e cabelos trançados, teria sido atacada por cinco alunos do ensino fundamental.
De acordo com a mãe, os alunos jogaram terra e fezes de gato no uniforme de sua filha, além de proferirem insultos racistas, chamando-a de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta”. A agressão teria culminado com a menina sendo jogada ao chão e pisoteada pelos envolvidos.
Na sequência dos eventos, a mãe procurou a delegacia local, onde solicitou uma medida protetiva para a filha, que foi atendida pela Justiça, determinando que os agressores mantenham uma distância mínima de 100 metros da vítima. Apesar da medida, a menina continua frequentando a escola, e a advogada da família, Kelly Ranolfi, destacou a importância da supervisão dentro da instituição para garantir a segurança da vítima.
A advogada também enfatizou que, em casos semelhantes de ameaça, é apropriado solicitar uma medida protetiva durante o registro da ocorrência policial. A menina realizou um exame de corpo de delito e prestou depoimento confirmando não ser a primeira vez que sofre agressões verbais por causa de sua cor de pele.
A escola Hebe de Almeida Leite Cardoso, envolvida no relato, negou que o episódio configurasse racismo e informou que está conduzindo uma investigação interna, utilizando documentos e testemunhas. A Polícia Civil de Novo Horizonte também está investigando o caso.