O caso do menino Henry Miguel Langkamer Trindade, de 4 anos, impactou a cidade de Alcobaça, no extremo sul da Bahia. Ele teve a morte cerebral confirmada nesta terça-feira (23/7), após ser brutalmente espancado. Internado na semana passada com fratura no crânio, Henry havia sido transferido para o Hospital Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, devido à gravidade de seu estado de saúde.
De acordo com a Polícia Civil, os principais suspeitos são a mãe e o padrasto da criança, cujos nomes não foram divulgados. O casal foi preso em flagrante na última quarta-feira (17/7), após levar Henry desacordado a uma unidade de saúde. Os médicos que atenderam o menino observaram hematomas espalhados pelo corpo, sangramento na boca e sinais de pancadas na cabeça.
Henry, que tinha síndrome de West—a qual causa atrasos no desenvolvimento e espasmos físicos—necessitava de cuidados especiais e enfrentava dificuldades para falar e se locomover. A mãe e o padrasto negaram as agressões quando foram levados à Delegacia de Alcobaça, mas os investigadores encontraram evidências de que o menino sofria violência contínua.
No entanto, cerca de quatro meses antes, Henry havia sido levado ao Conselho Tutelar após denúncias de maus-tratos. Na ocasião, ele apresentava fraturas nos tornozelos de ambas as pernas. Familiares da mãe relataram à polícia que o padrasto frequentemente agredia a criança com o consentimento da mulher, embora não esteja claro se ela permitia as agressões por medo ou por conveniência. O caso está sendo investigado, e o casal foi transferido para uma unidade policial em Teixeira de Freitas.