Milhões em impostos sonegados: Operação Parapitinga desvenda fraude na Bahia

Na manhã de hoje (26), a Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal na Bahia desencadeou a “Operação Parapitinga” para desarticular um esquema de sonegação fiscal no setor de comércio atacadista, responsável por pelo menos R$ 3,5 milhões em impostos não pagos. A ação ocorreu nas cidades de Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato, onde foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão.

Os bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas foram bloqueados para garantir a recuperação dos valores sonegados. O objetivo da operação é interromper o esquema e coletar provas para a investigação em curso, iniciada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) em Vitória da Conquista.

A fraude foi identificada pela inteligência fazendária da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em parceria com o Ministério Público estadual e a Polícia Civil. De acordo com as investigações, o grupo adquiria e distribuía mercadorias sem documentação fiscal, utilizava “laranjas” no quadro societário e empregava empresas em nome de terceiros para aquisição de produtos. Com isso, os verdadeiros gestores do grupo blindavam seu patrimônio, deixando para trás débitos tributários expressivos de ICMS.

Além da sonegação fiscal, os envolvidos são investigados por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A Força-Tarefa também apura um possível débito adicional de R$ 2,5 milhões em outras autuações administrativas na Sefaz, o que pode elevar o valor sonegado ainda mais.

A Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal é composta por representantes do Ministério Público do Estado da Bahia, Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública, Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro e Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil da Bahia. A operação contou com a atuação de seis promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia, 17 policiais do Draco, seis servidores do Fisco Estadual e três policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).