O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou à Justiça que a guarda da filha da cantora gospel Sara Mariano, tragicamente morta pelo marido Ederlan Mariano, seja mantida com a família paterna. A audiência que deliberou sobre a custódia da menina aconteceu no dia 29 passado, com a decisão judicial prevista para ser publicada em breve.
Atualmente, a criança está sob os cuidados da família de Ederlan, que está preso sob acusação de planejar o assassinato da esposa. Durante a audiência, realizada no Fórum das Famílias em Nazaré, Salvador, a menina foi ouvida em uma sessão fechada. Além dela, duas testemunhas e uma declarante também prestaram depoimentos.
Otto Lopes, advogado de defesa de Ederlan, destacou que o caso permanece sob sigilo judicial, com novas audiências agendadas. Segundo ele, a guarda temporária está com os avós paternos da menina de 11 anos, refletindo o desejo dela, expresso em cartas e durante a audiência.
Por outro lado, Joeline Araújo, advogada da família de Sara, ressaltou que é prematuro determinar o que a menor deseja, citando a influência da convivência exclusiva com a família paterna e a falta de acesso a informações relevantes, como o fato de seu pai ser um confesso autor de feminicídio.
A próxima etapa do processo inclui uma audiência de instrução, destinada a coletar depoimentos adicionais e justificar o pedido de guarda provisória feito pela família materna. A disputa pela guarda da criança promete ser um processo judicial prolongado, com nuances complexas e sensíveis a serem consideradas pelo juiz.