Na última quarta-feira (26), em Maceió, uma mulher foi colocada sob investigação pela Polícia Civil após ter queimado as nádegas de seu filho de 9 anos com um ovo quente. O caso foi revelado pela própria criança, que informou à diretora da instituição de ensino em que frequenta, levando ao envolvimento imediato do Conselho Tutelar.
De acordo com Antônio Guimarães, conselheiro que atendeu a denúncia, a mãe, ao ser questionada, admitiu a agressão perante a diretora, o conselheiro e a assistente social da escola. Em razão do ocorrido, a Polícia Militar foi acionada, encaminhando todos à Central de Flagrantes I.
Guimarães relatou que, inicialmente, a mãe insinuou que a criança estaria associada a atividades ilícitas. Contudo, o menino refutou tal afirmação e expressou seu desejo de assumir sua sexualidade, revelando que a mãe não se mostrava compreensiva. Durante a investigação, também se observaram indícios de agressões anteriores.
Embora a mulher tenha sido autuada e um Termo Circunstanciado de Ocorrência tenha sido registrado, ela foi permitida a responder em liberdade. A Delegacia Especializada dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente é responsável pelo inquérito em curso.
O jovem, anteriormente criado por sua tia, morava com a mãe há apenas três meses. O Conselho Tutelar já havia sido mobilizado anteriormente, após a criança ter se ausentado de casa, sendo posteriormente encontrada perdido em uma orla.
Após validar a agressão junto à polícia, o menor foi direcionado à Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual, local que presta assistência a casos de violência contra menores. Lá, foi realizado um exame de corpo de delito, corroborando a agressão relatada.
Conforme pontuado por Guimarães, o próximo passo será retornar a criança ao cuidado de sua tia. O caso também será encaminhado ao Ministério Público, buscando a retirada definitiva da guarda materna. Guimarães reforça a atenção contínua ao caso, priorizando o bem-estar do menor.
“Agora o menino vai retornar para a casa da tia que o criou e nós vamos encaminhar o caso para o Ministério Público para que a mãe perca a guarda da criança de forma definitiva. Tudo isso está sendo investigado e nós estamos acompanhando o caso de perto, prezando pelo bem-estar da criança”, concluiu Guimarães.