Mulher de 60 anos morre após pagar R$ 50 mil para “levantar o bumbum”

Em Belo Horizonte, investigação é iniciada após a morte de mulher de 60 anos que pagou R$ 50 mil por procedimento estético.

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o falecimento de uma mulher de 60 anos, identificada como Laudelina Gomes Machado, após ela ter se submetido a um procedimento estético em uma clínica localizada em Belo Horizonte, no dia 7 de março. O objetivo da intervenção era o aumento dos glúteos por meio da inserção de polimetilmetacrilato (PMMA), substância cujo uso para fins estéticos não é aprovado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

O registro do caso foi feito pela Polícia Militar de Minas Gerais, conforme consta no boletim de ocorrência. De acordo com o relato do médico responsável pela operação à polícia, a anestesia local foi aplicada na paciente antes da injeção do PMMA. Após o procedimento, Laudelina se levantou, mencionou sentir muito sono, e subitamente desmaiou, apresentando vômito e perda de controle urinário. Um cardiologista presente na clínica interveio com tentativas de ressuscitação, mas a paciente veio a óbito.

Informações adicionais indicam que esta era a quarta vez que Laudelina passava por sessões estéticas com o mesmo médico, cada uma ao custo de R$ 12 mil. A decisão pelo procedimento partiu após o casal conhecer a clínica pela internet. O parceiro de Machado afirmou que ela não possuía histórico de problemas de saúde relevantes, exceto por medicação regular para controle da pressão arterial. Ele também destacou que ela estava entusiasmada com a realização do procedimento.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reitera que o PMMA é indicado exclusivamente para correção de pequenas deformidades, não sendo recomendado para aumento de volume em procedimentos estéticos, devido aos riscos de complicações como a formação de nódulos, massas e processos inflamatórios infecciosos.