Botucatu, SP – Uma grave acusação vem à tona após Bruna Scaline Santos, de 37 anos, denunciar ter sido agredida por policiais militares na última segunda-feira (5) em Botucatu, no interior de São Paulo. Segundo relatos da vítima, os policiais teriam a insultado, algemado e atacado com um pedaço de madeira em frente aos seus três filhos, sem motivo aparente.
Bruna conta que estava em sua residência, preparando o jantar para seus filhos, quando saiu para comunicar a uma vizinha que o filho desta estava brincando em sua casa. Foi nesse momento que soube da presença dos policiais militares realizando buscas na vizinhança. Ao questionar a legalidade da ação sem um mandado, um dos oficiais teria a ofendido e a situação rapidamente escalou para violência física.
A vítima detalha que, após uma troca de palavras, foi encurralada contra uma parede e recebeu golpes na região do tórax. Ao tentar se defender, caiu e foi imobilizada com algemas, sofrendo mais violência enquanto estava no chão. Bruna relata ter sofrido hematomas em várias partes do corpo e quase perdido a visão devido às agressões. Especificamente, menciona um incidente onde o policial teria pisado em seu tórax, área onde possui um tumor, agravando seu estado de saúde.
Após o ocorrido, Bruna foi levada para a delegacia sob acusações de “resistência” e desobediência, e posteriormente encaminhada ao Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) para atendimento. A mulher nega as acusações feitas pelo policial de que tentou tomar sua arma durante o confronto.
A situação piorou quando, ao tentar prestar queixa, Bruna alega ter recebido ameaças de um agente para que desistisse da denúncia. Temendo por sua segurança e a de sua família, decidiu deixar a cidade. Em resposta ao caso, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que um inquérito policial militar foi instaurado para investigar os detalhes do incidente.
