Numa operação que mais parece roteiro de série policial, a Polícia Civil de Sergipe prendeu, nesta sexta-feira (12), uma mulher suspeita de ser a cabeça de um esquema de tráfico de drogas na Cadeia Pública de Areia Branca. A denunciada, cujo marido também cumpre pena no mesmo presídio, supostamente auxiliava visitantes a ocultar drogas com o intuito de entregá-las aos internos.
A residência da suspeita, estrategicamente situada nas proximidades do presídio, servia como ponto de encontro para as companheiras dos detentos. Ali, recebiam as substâncias ilícitas que, posteriormente, tentariam introduzir na cadeia.
A trama, digna de um filme de suspense, começou a ser desvendada no dia 4 de maio, quando a delegacia recebeu uma denúncia anônima sobre tráfico de drogas nas imediações do presídio. As autoridades, em uma ação inovadora, utilizaram um drone para monitorar a atividade na residência indicada.
“Conseguimos visualizar a suposta autora entrando na residência indicada na denúncia. Com isso, foi feito o relatório com todas as informações e realizamos a busca no imóvel”, relatou a delegada Pamela Guarilha, responsável pela investigação.
O método para introduzir as drogas na prisão era, segundo a delegada, sempre o mesmo: “Elas introduzem a droga na genitália e tentam entrar na cadeia. Quando os agentes identificam a presença do material, são impedidas.”
Além das companheiras dos detentos, foram identificadas mulheres sem vínculo algum com os internos, mas que foram cooptadas para o tráfico. Com a prisão da suspeita, as investigações seguem em curso para desvendar a total extensão desse esquema.
A complexidade da trama é um lembrete sinistro de que o tráfico de drogas é um problema persistente, mesmo dentro dos muros de nossas prisões. E de que a luta para erradicar esse mal exige vigilância constante e inovação por parte de nossas autoridades policiais.