Izadora Alves de Faria, a assassina confessa de suas duas filhas, Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia Souza, de 10, foi internada temporariamente no Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, na capital goiana. A mulher, que estava detida no presídio do município de Israelândia, a aproximadamente 200km de Goiânia, tentou cometer suicídio no local.
Na decisão de última sexta-feira (30), o juiz responsável pelo caso, Hermes Pereira Vidigal, evidenciou que o relatório médico da mulher aponta para doença mental grave.
“Deve se ter em mente que os crimes de homicídio qualificado imputado à representada apresentam-se revestidos de extrema crueldade e gravidade, evidenciando uma potencialidade criminosa perigosa para manutenção da paz social, bem assim causou grande comoção na população desta Comarca. Vale ressaltar, ainda, que a conduta da autuada é extremamente grave, vez que, em tese, ela, por causa de um suposto relacionamento abusivo de seu companheiro, resolveu tirar a vida das próprias filhas, de forma fria, repugnante e cruel, eis que confessa ter envenenado as crianças, afogadas e eletrocutando-as e, por fim, para certificar que ambas morreriam, desferiu um golpe de faca no peito de cada uma delas. O que evidencia sua periculosidade”, escreveu o magistrado em trecho da decisão.
Izadora confessou à polícia que envenenou, tentou eletrocutar as meninas dentro de uma caixa d’água com fios elétricos e, posteriormente, as afogou e desferiu golpes de faca para ter certeza que elas tinham morrido.
De acordo com a decisão do magistrado, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) tem 72 horas para conseguir uma vaga em alguma unidade psiquiátrica compatível com as demandas da mulher. A vaga pode ser na mesma unidade ou em outro hospital. A diretoria do presídio de Israelândia explicou no processo que o estabelecimento prisional não contém “estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais”, como o de Izadora.