Rosangela Pureza Cavalcante, 42 anos, passou por uma experiência traumática no Hospital Regional Público do Marajó, no Pará, onde foi internada para uma cirurgia na clavícula e acabou tendo seu útero retirado por engano. O incidente ocorreu após um acidente de moto no dia 18 de janeiro, que resultou na fratura da clavícula de Rosangela. Após ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Breves e diagnosticada com a fratura, ela foi encaminhada para o hospital regional.
No dia da cirurgia, a família de Rosangela foi impedida de acompanhá-la durante o procedimento. Ao acordar da anestesia, Rosangela sentiu dores abdominais e encontrou marcas de pontos cirúrgicos em sua barriga, o que a levou a questionar a equipe médica sobre a natureza da operação realizada. A resposta dos técnicos de enfermagem foi de que “o importante é que a cirurgia foi realizada”, conforme relatado pela paciente.
A confusão veio à tona quando um membro da família gravou uma conversa com a equipe médica, na qual a médica Lígia Sant’ana Bonisson admitiu o “equívoco” de uma troca de identificação de pacientes, onde Rosangela foi identificada erroneamente como outra paciente, Maria, e submetida a uma cirurgia não programada para ela.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou que os profissionais envolvidos foram afastados preliminarmente e está investigando o caso em conjunto com a Organização Social de Saúde responsável pela administração da unidade hospitalar.
Dois dias após o erro, a família de Rosangela registrou uma ocorrência na delegacia de Breves. No dia 25, ela foi submetida à cirurgia correta na clavícula e, em 27 de janeiro, recebeu alta do hospital.