“Não sou esse monstro”, diz homem que violentou criança até a morte

Maykon Araujo Pereira, 31 anos, que confessou ter estuprado e matado uma menina de 11 anos, na noite do último domingo (11), em Campo Grande (MS), informou à polícia que ingeriu muito álcool e não sabe o que aconteceu com ele para ter violentado a menina até a morte. “Não sou esse monstro. Peço perdão a Deus”, falou durante o interrogatório.

O acusado confessou que deixou a residência por volta das 11h30 do domingo para ir até um bar. No caminho, encontrou a mãe da vítima, que o convidou para ir até à casa dela “mais tarde”.

Ainda segundo o homem, ele era cliente da mulher e já havia pagado seis vezes para fazer programas sexuais com ela. Ele também disse que já havia ido à casa da mãe da garota para consumir drogas e a reconhecia porque, sempre que chegava lá, ela saía com os irmãos para que a mãe pudesse manter relações sexuais com ele.

Em meio ao interrogatório, disse que não se recordava de quais eram as horas em que chegou à residência onde cometeu o crime, pois havia bebido muito, por isso, resolveu entrar pelos fundos da casa, já que “a porta estava aberta”.

Ele conta ainda que a menina se assustou e começou a gritar, por isso, deu um soco no rosto dela, no entanto, como ela continuou gritando ele bateu mais.

Não sei o que passou pela minha cabeça para colocar a mão nela”, contou afirmando que violentou a menina “só na parte da frente”.

Maykon disse que trabalha como serígrafo e acorda todos os dias às 5h, por isso, lavou as roupas que usava quando matou a garotinha, pois precisava usá-las para trabalhar.

Em depoimento, a mãe assumiu realizar programas sexuais, porém na ausência dos filhos. Ela contou ainda que, no dia do crime, passou a tarde em bar e que foi para casa com homem que conheceu no estabelecimento, para os dois “ficarem juntos”. Porém, quando chegou, se deparou com a porta da frente trancada com o cadeado para fora, mas a porta dos fundos aberta. 

A mulher encontrou a filha caída na cozinha, sobre uma poça de sangue e com o rosto muito machucado.

A menina, de 11 anos, estava com o vestido levantado até a cintura e sem calcinha. A mãe começou a gritar que a filha havia sido estuprada e assassinada, os vizinhos, então, acionaram o socorro, no entanto, a menina já estava morta. A mulher foi presa por abandono de incapaz, visto que havia deixado a criança de 11 anos responsável pelos outros dois irmãos, um menino de 3 anos e um bebê de menos de 1 ano.

O Conselho Tutelar assumiu a tutela das crianças