A Polícia Federal realizou hoje (07) a prisão de três policiais militares na Bahia, acusados de participação em uma rede de lavagem de dinheiro vinculada ao jogo do bicho. Esta operação, denominada ‘El Patron’, é parte de uma investigação mais ampla que aponta o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, como líder do esquema.
Organização criminosa desmantelada
Os servidores, identificados como dois soldados e um subtenente, estão entre as 15 pessoas denunciadas por envolvimento com a organização criminosa. As autoridades confirmam que, no total, seis pessoas foram detidas nesta operação. Estes policiais militares são acusados de atuar como força armada do grupo, responsáveis pela cobrança de dívidas de jogatinas e empréstimos com juros abusivos, muitas vezes empregando violência e ameaças graves.
Prisões e custódia
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os militares presos serão mantidos sob custódia no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq) da PM, localizado em Lauro de Freitas, onde serão interrogados e processados de acordo com os mandados expedidos.
Transações e propriedades sob investigação
A investigação da Polícia Federal descobriu que, ao longo de uma década, o grupo movimentou mais de R$ 100 milhões em transações bancárias. Estes valores eram transferidos pelos envolvidos e por empresas criadas especificamente para dar aparência legal aos recursos. Além disso, o Ministério Público determinou o bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, bem como o sequestro de 40 propriedades, incluindo fazendas, casas, terrenos, apartamentos, uma sala comercial, e diversos veículos.
Consequências legais
O Ministério Público também solicitou à Justiça a imposição de uma multa superior a R$ 30 milhões para reparação por danos morais coletivos, além da suspensão das atividades econômicas de seis empresas ligadas ao esquema.