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    Polícia

    Operação Primus mira esquema de adulteração e venda de combustíveis

    Operação Primus: Polícia Civil da Bahia investiga grupo que adulterava e vendia combustíveis; bens bloqueados totalizam R$ 6,5 bilhões.

    14/11/2025 às 19:01

    Na manhã desta quinta-feira (16), a Polícia Civil do estado da Bahia deflagrou a Operação Primus com o objetivo de desarticular um grupo acusado de adulterar e comercializar combustíveis de forma irregular. A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro — Draco-LD — e mirou a estrutura empresarial vinculada ao grupo após investigações que apontaram o uso do setor como fachada para ocultar recursos.

    O que a investigação mostrou

    As apurações identificaram uma rede ampla, com cerca de 200 postos espalhados por diferentes cidades da Bahia. Também foram cumpridos mandados judiciais em outros estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o levantamento das equipes.

    Como essa ocultação acontecia? Segundo o material reunido, o setor de combustíveis era usado para movimentar e esconder valores, e há indícios de ligação com uma organização criminosa sediada em São Paulo. Com base nas provas apresentadas à Justiça, foi determinado o bloqueio de bens móveis, imóveis e valores dos investigados, totalizando R$ 6,5 bilhões.

    Na execução da operação, foram mobilizados mais de 170 policiais civis, com a participação de várias unidades especializadas. Entre os órgãos envolvidos estavam:

    • Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic)
    • Departamento de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc)
    • Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco)
    • Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
    • Departamento de Inteligência Policial (Dip)
    • Departamento de Polícia Metropolitana (Depom)
    • Departamento de Polícia do Interior (Depin)
    • Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter)
    • Coordenação de Operações de Polícia Judiciária (COPJ)

    A operação contou ainda com o apoio da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que acompanharam as ações relacionadas ao setor regulado.

    As investigações seguem em andamento e, até o momento, os nomes dos envolvidos não foram divulgados. A apuração continuará para esclarecer o alcance da rede e adotar os desdobramentos necessários, incluindo eventuais medidas judiciais complementares.