Um pai de 35 anos foi condenado a 18 meses de prisão por ter “convencido” o melhor amigo a se matar após descobrir que ele tinha abusado sexualmente da filha.
Vyacheslav Matrosov, que mora na Rússia, teria encontrado vídeos no celular de Oleg Sviridov, 32, que registraram o abuso sexual cometido pelo homem contra a criança de seis anos. Sviridov era padrinho da menina, segundo a imprensa russa.
De acordo com as investigações da polícia, o homem deu um ultimato ao amigo para que ele confessasse o abuso sexual às autoridades após descobrir o crime. Ele teria se recusado e, por causa disso, entrou em luta corporal com o pai da menina.
Dias depois, o corpo de Sviridov foi encontrado em uma cova com marcas de facadas. Uma análise forense mostrou, porém, que, apesar de Matrosov ter enterrado o corpo do amigo, as facadas que o homem sofreu foram autoinfligidas, ou seja, aplicadas pela própria vítima, conforme noticiou o tabloide britânico Mirror.
O caso foi registrado em setembro de 2021, mas a Justiça da Rússia permitiu que Matrosov aguardasse a sentença em prisão domiciliar. Ele poderia ter sido condenado a 15 anos em regime fechado se a Corte entendesse que ele seria o autor do homicídio.
Na decisão, porém, foi determinado que o homem cometeu o crime de “incitar uma pessoa a cometer suicídio por meio de ameaça ou abuso”.
Mesmo com uma pena menor do que a esperada, a decisão judicial causou polêmica na vila de Pribrezhnoye, onde os homens moravam e outras duas crianças também teriam sofrido abusos sexuais por parte do suspeito morto.
Amigos do homem preso fizeram uma vaquinha para pagar pela defesa dele e uma petição assinada por 2,5 mil pessoas pediu que ele fosse inocentado do crime por “salvar as crianças se livrando de um predador sexual”.
“Nós estamos muito tristes em saber do veredito. Todos estavam esperando que ele tivesse a sentença suspensa, mas ficamos chocados com os 18 meses de prisão”, afirmou Oksana Kazakova, mãe de outra criança que também teria sido violada, em entrevista à agência East2West News.