O temporal que caiu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, fez com que 50 anos depois, se repetisse a mesma tragédia em uma família.
A administradora Cecília Fiorese, de 40 anos, foi uma das centenas de vítimas que morreram após os deslizamentos de terra na cidade. Por uma infeliz coincidência, sua avó, dona Cecília Eler, de 55 anos, morreu da mesma maneira, em 1972, após um forte temporal em Petrópolis.
A neta estava na clínica onde trabalha, quando um deslizamento atingiu o prédio em que ela estava, e o edifício veio ao chão. O ex-marido da Cecília, relata os momentos dramáticos antes de confirmar a morte da ex-companheira.
“Eu fui o primeiro a chegar ao local. A gente ainda teve um suspiro de esperança, porque, por volta das 23h, funcionários da clínica disseram que chamaram ela, e ela respondeu dizendo que estava com a perna presa e pediu ajuda, mas não deu tempo”, disse em entrevista ao Uol.
Cecília havia começado no novo emprego há 23 dias. Sua irmã, a também administradora Camila Fiorese, de 37 anos, deixou Brasília rumo a Petrópolis quando soube do ocorrido.
“A minha mãe perdeu a mãe dela, que se chamava Cecília, pelo mesmo motivo, aqui, em Petrópolis, no temporal de 1972. A minha avó se chamava Cecília e morreu soterrada. A minha irmã se chamava Cecília e morreu soterrada”, disse a mulher.
Ainda segundo ela, o histórico de tragédias que atingem a família por causa dos temporais na região sustenta o desejo dela de retirar todos os seus parentes da cidade.