A Polícia Federal investiga quem no Pará receberia malas com R$1,2 milhão apreendidas nesta terça-feira (2) no Tocantins. O inquérito também apura se há relação com alguma campanha eleitoral no Pará. As malas estavam dentro de um táxi, abordado na rodovia TO-050 pela Polícia. Dois homens, identificados como Edilson Moura Porto e Elenilson Silva, estavam com o dinheiro e afirmaram que viriam para o Pará, mas não disseram a origem do dinheiro.
O G1 tentou contato com a defesa dos dois. Edilson Moura Porto deve responder em liberdade, Elenilson Silva foi preso após prestar depoimento porque havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
O táxi foi barrado pela Polícia Militar Rodoviária pela manhã, na saída entre Palmas e Porto Nacional. Os policiais encontraram as cédulas em uma abordagem de rotina. As duas pessoas que estavam dentro do veículo foram levadas para a sede da Polícia Federal, em Palmas. O motorista do táxi também foi levado à PF e liberado pela tarde. Informações colhidas levam a crer que se trata de crime eleitoral, com envolvimento de políticos dos estados do Pará e Goiás.
O piloto de uma aeronave aguardava Edilson e Elenilson em Palmas e também foi levado para a PF. No entanto, segundo a Polícia, ele não tem envolvimento com o caso. A aeronave foi apreendida pela Polícia.
A Justiça ordenou que o dinheiro seja enviado para o cofre de uma agência bancária em Palmas. O valor, de R$1.260.500 deve ficar sob custódia durante a investigação.
O taxista que levava os homens para a pista de pouso disse que não conhecia os dois e que estava apenas fazendo a corrida “O pessoal da recepção do hotel me chamou e chegando lá tinha dois [SIC]. Esses clientes para trazer em Palmas. Só isso. Táxi cê carrega tudo quanto é gente”, disse ele.