A Polícia Civil prendeu em flagrante no último sábado (7) um cabo da Polícia Militar de São Paulo que estava de folga e matou um jovem negro de 20 anos após acusá-lo de ter furtado seu celular. O aparelho, contudo, foi encontrado no carro do policial, onde também foram encontrados documentos e um boleto em nome da vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os dois chegaram juntos a um bar localizado na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo. Testemunhas contaram que ambos estavam bastante embriagados, compraram mais bebidas alcóolicas e foram para o fundo do bar, onde havia três máquinas de jogos de azar que estavam desligadas.
Em determinado momento, de acordo com testemunhas, o policial sentiu falta de seu aparelho celular, foi quando começou uma discussão com a vítima, afirmando que o jovem havia furtado o aparelho. Frequentadores do bar afirmaram ainda que, em certo momento, ouviram dois disparos de arma de fogo, efetuados pelo cabo da PM com um revólver Taurus. Uma testemunha desarmou o policial, que estava bastante agitado.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas, de acordo com o boletim de ocorrência, a vítima chegou morta ao hospital.
Em depoimento, o PM afirmou que reagiu a uma tentativa de roubo. A prisão em flagrante do PM por homicídio foi convertida pela Justiça em prisão preventiva, e o cabo permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes, que abriga PMs acusados de crimes no estado de São Paulo.