A Polícia Civil de Goiás estabeleceu sigilo de 5 anos sobre a operação que matou o baiano Lázaro Barbosa no dia 28 de junho. De acordo com a CNN, o jornal Correio Braziliense havia solicitado, via LAI (Lei de Acesso à Informação), acesso a dados da busca que envolveu mais de 270 policiais.
“As informações não se restringem somente ao caso encerrado, mas fazem parte de toda a estrutura pertencente à Polícia Civil, usada em outras circunstâncias, e, também, a projetos que ainda nem foram implementados. A divulgação desses dados vulnerabiliza a instituição em sua função investigativa, pondo em risco a segurança e o sucesso de outras apurações”, diz o documento.
Chamado de “serial killer do Distrito Federal”, ele foi morto pela polícia de Goiás após 20 dias de busca. Segundo a polícia, o acusado foi baleado durante uma troca de tiros na mata, em Águas Lindas, no interior de Goiás. Ele foi socorrido, mas morreu na ambulância a caminho de um hospital da região.
Lázaro era investigado por mais de 30 crimes nos estados de Goiás, Bahia e Distrito Federal. A maioria é referente a latrocínios — roubos seguidos de mortes.
A perseguição a ele começou no último dia 9, após a morte de um empresário e de seus dois filhos, de 15 e 21 anos, a tiros e facadas, em Ceilândia. A mulher e mãe dos rapazes ficou desaparecida por três dias — o corpo dela foi encontrado depois na beira de um córrego, próximo de onde a família morava.
A polícia confirmou que Lázaro também é investigado pela morte de um caseiro no distrito de Girassol, em Goiás, no dia 5 de junho, quatro dias antes do assassinato da família em Ceilândia.
Lázaro já respondeu também a um processo por homicídio quando tinha 20 anos, em Barra do Mendes, no interior da Bahia, onde nasceu. Em 2011, já em Ceilândia, foi condenado por estupro, roubo e porte ilegal de arma de fogo. Ele chegou a ser preso em 2018, em Águas Lindas de Goiás, mas fugiu do encarceramento poucos meses depois.