Polícia Civil prende policial penal que entrava com drogas e celulares no Conjunto Penal de Paulo Afonso

Durante a Operação Dike, policial penal é preso por tráfico de drogas e celulares no Conjunto Penal de Paulo Afonso.

Nesta quinta-feira, 18 de julho, a Polícia Civil, em colaboração com a SEAP e outras forças, deflagrou a Operação Dike, culminando na prisão de Evandro, um policial penal acusado de inserir drogas e celulares no Conjunto Penal de Paulo Afonso. A ação incluiu mandados de busca e apreensão.

A operação contou com a participação de diversas equipes: 18ª COORPIN de Paulo Afonso, CATI Nordeste, Delegacia Territorial, DIRPIN Norte/Leste, NAP do DIP, Inteligência Prisional da SEAP e GAEP do Ministério Público da Bahia.

O mandado de prisão, cumprido no próprio Conjunto Penal de Paulo Afonso, foi emitido por crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, associação criminosa e corrupção passiva. Além disso, buscas foram realizadas no Conjunto Penal e em outros dois endereços relacionados ao acusado.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações contra o policial penal começaram em 2016, com denúncias de que ele recebia pagamentos de detentos para inserir celulares e drogas no presídio. Em buscas recentes, foram apreendidos mais de 170 celulares e 2,5 kg de drogas, evidenciando a facilidade de entrada de materiais ilícitos no local.

Além disso, o policial também é investigado por suposto envolvimento no homicídio de uma testemunha do caso. A operação envolveu o serviço de inteligência da SEAP e um grupo de policiais penais encarregados de identificar atos criminosos praticados por servidores.

Após denúncias de irregularidades, a SEAP determinou uma intervenção no Presídio de Paulo Afonso, colaborando com a Polícia Civil na investigação. Foram instaurados inquérito policial e expedidos mandados de busca e apreensão, além da prisão temporária do servidor.

Evandro foi encaminhado à Delegacia Territorial de Paulo Afonso para os procedimentos formais e exame de lesões corporais. Após audiência de custódia, ele deve ser transferido para Salvador, onde ficará à disposição da Justiça.

O nome da operação, “Dike”, refere-se à divindade grega que simboliza a Justiça. A SEAP e a Polícia Civil reafirmaram seu compromisso em combater atividades ilícitas, especialmente aquelas que envolvem desvios de conduta de servidores, assegurando a responsabilização dos envolvidos.