Mais uma operação integrada das polícias Civil, Militar e do Ministério Público, foi realizada na manhã desta sexta-feira (2) no Sertão alagoano. Desta vez, a ação aconteceu na cidade de Delmiro Gouveia, com o propósito de desarticular de uma organização criminosa especializada em fraudar diplomas e certificados de conclusão de curso de 2º grau.
Os policiais cumpriram nove mandados de prisão temporária, e nove de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, numa ação coordenada pela delegada Ana Luiza Nogueira, gerente de Polícia Judiciária 4 (GPJ4), pelo tenente-coronel Joáz Fontes, comandante do 9º Batalhão Polícia Militar (9º BPM), e teve ainda a participação do delegado Rodrigo Cavalcante e equipes da 1ª Delegacia Regional de Polícia (1ª DRP) e do COPES (Centro de Operações Policiais Especiais).
A operação resultou na prisão de seis pessoas: Valmir Nunes da Silva, 47 anos, conhecido como “Buiú”; Dvani Dias Brito Petrauska, 35 anos, o “Ni”; Jonathan do Nascimento Santos, 28 anos; Jaidson Vieira Rodrigues Júnior, 22 anos; Mônica Maria Feitosa dos Santos, 47 anos, e Patrick Souza Lisboa, de 19 anos.
Com a quadrilha, foram apreendidos: 100 carimbos para fraude em históricos escolares e diplomas, e também seguro desemprego; dezenas de pastas contendo formulários em branco para confecção de históricos escolares e recebimento de seguro desemprego; 12 carteiras de identidade falsas, 10 carteiras de trabalho falsas, pastas contendo documentos da Ciretran local, diversos certificados e diplomas falsos, computadores, notebooks e CPUs. Todo material será encaminhado ao Instituto de Criminalística para a realização da perícia.
A investigação, realizada pela Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público, através do promotor de Justiça, João Batista dos Santos Filho, teve início a partir de informações sobre a existência de um grupo criminoso com atuação em Alagoas, especialmente na região de Delmiro Gouveia e cidades vizinhas, com participação nos crimes de falsificação e venda indiscriminada de históricos escolares para acesso a instituições de ensino superior.
A investigação apontou, inicialmente, que as falsificações ocorriam na escola estadual Watson Clementino de Gusmão, tendo como líder Valmir Nunes da Silva, o “Buiú”, e que tinha a ajuda de outras pessoas para arregimentar quem tinha interesse em adquirir a documentação fraudada.
As documentações e diplomas falsos eram utilizados em faculdades particulares nas cidades de Delmiro Gouveia e Paulo Afonso.
O delegado regional de Delmiro Gouveia Rodrigo Cavalcante representou pela prisão e busca e apreensão nas residências das pessoas envolvidas, tendo os mandados sido expedidos pela 17ª Vara Criminal.
A operação foi mais uma desenvolvida pelas forças de segurança do Estado, seguindo a determinação do governador Renan Filho, secretário Alfredo Gaspar, contando com a integração entre as polícias, e acompanhada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, e o comandante-geral da Polícia Civil, coronel Lima Júnior.
Todos os detidos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia.