Uma operação da Polícia Federal contra suspeitos de roubos de carga em Alagoas e mais cinco estados prendeu 31 pessoas nesta terça-feira (17). A operação denominada Transbordo cumpre 176 mandados judiciais expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió. Estima-se que a organização criminosa tenha causado um prejuízo superior a R$ 8,6 milhões, só em relação a roubo de cargas e caminhões.
Inicialmente, a Polícia Federal havia informado que tinham sido expedidos 64 mandados de prisão e 106 de busca e apreensão. O número foi atualizado às 10h40. Uma nova atualização foi feita às 12h50, mudando os número para 66 mandados de prisão e 107 de busca e apreensão, além de 3 de interdição de empresas.
A operação ocorre em Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Pernambuco. Segundo a PF, 4 pessoas foram presas em Alagoas. Em São Paulo, sete pessoas foram presas e armas, veículos e dinheiro foram apreendidos.
A maioria dos mandados foi cumprida em São Paulo, onde 13 pessoas foram presas. As outras prisões aconteceram na Bahia (12), em Alagoas (4) e no Rio de Janeiro (2). Ao todo, os mandados foram expedidos para:
São Paulo – 48 de busca e apreensão e 25 de prisão;
Bahia – 37 de busca e apreensão e 25 de prisão;
Alagoas – 18 de busca e apreensão e 12 de prisão;
Rio de Janeiro – 2 de busca e apreensão e 2 de prisão;
Pernambuco – 1 de busca e apreensão e 1 de prisão;
Ceará – 1 de busca e apreensão e 1 de prisão.
Segundo a PF, as empresas que tiveram mandados de interdição expedidos estão envolvidas em receptação de mercadorias roubadas, na cidade de São Miguel dos Campos, Litoral Sul de Alagoas.
Segundo a PF, a operação é para desarticular uma organização criminosa que atua em diversos estados do Nordeste e do Sudeste, valendo-se de falsas comunicações de crimes de roubo, além de adulteração de veículos, golpes em seguradoras e outros delitos.
As investigações começaram há cerca de um ano, com um roubo de carga em Alagoas. “Houve o flagrante e com o aprofundamento das investigações se identificou que na verdade não foi um caso esporádico, mas sim havia uma quadrilha por trás atuando dessa forma”, afirmou o superintendente da PF em Alagoas, Rolando Alexandre de Souza.
A organização criminosa contava com a participação dos motoristas dos caminhões, que simulavam terem sido sequestrados por assaltantes, enquanto outros integrantes realizavam a desativação dos dispositivos de segurança do caminhão e a subtração da carga. Depois disso, o motorista ia até a polícia para registrar a falsa comunicação do crime.
Segundo as investigações, a organização criminosa não tinha um tipo de mercadoria preferencial como alvo. Eles atuavam em qualquer frente, desde que fosse mercadoria (têxtil, eletrônicos, alimentos etc).
A investigação foi realizada pela Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.