A Polícia Federal encontrou novos indícios de ligação entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro em 2018. De acordo com informações, a nova investigação apura um dos advogados que defendeu Adélio, Fernando Costa Oliveira Magalhães, que teria recebido dinheiro de membros da facção.
Segundo a reportagem, os pagamentos foram realizados dois anos após o ataque contra Bolsonaro e totalizaram R$ 315 mil. O dinheiro teria sido transferido para uma empresa que está no nome do advogado. Magalhães, no entanto, negou envolvimento na ação que resultou na facada contra o ex-presidente e disse que os valores recebidos estão relacionados com pagamentos feitos por outros clientes.
Essa nova apuração reforça a suspeita de que a facção criminosa PCC teria financiado a defesa de Adélio Bispo. Essa hipótese já havia sido levantada anteriormente pela Polícia Federal, mas agora, com novas evidências, a investigação ganha força.
Vale lembrar que Adélio Bispo foi considerado inimputável pela Justiça e está cumprindo medida de segurança em um hospital psiquiátrico em Minas Gerais. O atentado contra Bolsonaro aconteceu em Juiz de Fora, em setembro de 2018, durante a campanha presidencial.
A nova apuração da Polícia Federal também traz à tona mais uma vez a controvérsia em torno do atentado contra Bolsonaro. Na quarta-feira, 19, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, precisou ser contido por colegas após ameaçar bater no deputado Marcon (PT), que havia chamado a facada de “fake”. A confusão aconteceu na Câmara dos Deputados e foi registrada em vídeo.
O fato é que a nova apuração da Polícia Federal traz à tona uma possível ligação entre a facção criminosa PCC e um dos advogados que defendeu Adélio Bispo. Essa informação pode ajudar a esclarecer ainda mais o caso da facada contra Bolsonaro e os desdobramentos desse episódio que gerou muita polêmica e controvérsia na política brasileira.