Uma mulher de 26 anos foi resgatada pela Ronda Maria da Penha (RMP) após passar oito meses em cárcere privado em uma casa localizada no bairro Serraria Brasil, em Feira de Santana. O caso foi descoberto nesta quinta-feira (13) pela tenente Renata Martins, comandante da RMP, que recebeu a denúncia e foi até o local para verificar a situação.
Ao chegar na casa, a tenente constatou que a mulher estava muito assustada e que o homem, que não teve o nome divulgado, afirmou que ninguém entraria na casa. “Eu recebi a denúncia e eu mesma fui constatar, devido à gravidade da situação. Quando cheguei, constatei. Ele disse que ninguém ia entrar e ela demonstrou que estava muito assustada. Eu falei: ‘a gente vai adentrar de qualquer forma, porque isso aqui é um flagrante’. Aí ele disse que ia ligar para o advogado, e nós entramos e constatamos o cárcere. Inclusive, ele tinha uma plantação de maconha dentro de casa e levamos também para a delegacia”, relatou a tenente.
Além de manter a mulher em cárcere privado, o suspeito também foi flagrado com uma plantação de maconha dentro da residência. A mulher apresentava marcas de agressão nas costas e aparência abatida.
A vítima reside em Feira de Santana, mas é natural de Alagoinhas. Ela foi encaminhada para atendimento médico e psicológico. Já o homem foi conduzido à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), onde serão tomadas as medidas cabíveis.
O caso é investigado pela Polícia Civil, que irá apurar as circunstâncias do cárcere privado e das agressões sofridas pela vítima. O homem deverá responder pelos crimes de cárcere privado e tráfico de drogas.
A Ronda Maria da Penha é uma unidade especializada da Polícia Militar que tem como objetivo atender mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A unidade foi criada em homenagem a Maria da Penha, vítima de violência doméstica que deu nome à Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. A lei foi sancionada em 7 de agosto de 2006 e tem como objetivo proteger as mulheres da violência doméstica e familiar.