Na manhã de segunda-feira (24), a Polícia Civil prendeu o empresário Renato Peixoto Leal Filho por transmitir de forma proposital o vírus do HIV a duas mulheres. Ele estava foragido desde 27 de maio e o foi encontrado em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio
O empresário foi condenado a sete anos, em junho de 2018, acusado por duas mulheres de manter relações sexuais sem preservativo com ambas, com o objetivo de transmitir o vírus do HIV. Na ocasião, a sentença assinada pela juíza Lúcia Regina Esteves de Magalhães, da 19ª Vara Criminal, apontou que não restavam dúvidas que o homem mantinha a relação com o objetivo de “transmitir a enfermidade incurável”.
“O elemento subjetivo pode ser constatado através do modus operandi utilizado, o qual consistia em conhecer as vítimas através de sites de relacionamentos, seduzir as mesmas por meio de falsa promessa de um relacionamento estável e as atrair ao seu apartamento, onde as surpreendia, abordando-as rispidamente, com elas mantendo relações sexuais de forma extremamente violenta, que incluía a prática de sexo anal, prática que facilita em muito o contágio do vírus, não as informando ser soropositivo”, escreveu Lúcia.
No dia 24 de setembro de 2021, a Primeira Câmara Criminal do Rio decidiu aumentar em 5 anos e 4 meses a pena do empresário, fazendo com que ele precisasse cumprir, ao todo, 13 anos e 4 meses de reclusão.
Renato chegou a ficar em Prisão Albergue Domiciliar por dois anos, após pouco mais de dois anos na cadeia. A decisão da Primeira Câmara Criminal frisou que deveria ser “mantido o regime inicial fechado, como fixado na sentença”.
Leal Filho foi encaminhado à Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), onde passará por uma audiência de Custódia e ficará à disposição da justiça.