Policial é presa pela segunda vez por perseguir ex-namorados

Luciene é acusada de perseguir ex-namorados -Créditos: Redes sociais

Uma agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi presa na última sexta-feira (06) após ser acusada de perseguir três ex-namorados. As informações são do G1.

Segundo informações, Rafaela Luciene Motta Ferreira já havia sido presa por invadir a Corregedoria da Polícia Civil e tentar impedir o depoimento de um ex-namorado. Porém, a agente assinou um termo circunstanciado e foi liberada no mesmo dia.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão preventiva foi decretada a partir de “fatos apurados pela Corregedoria-Geral de Polícia (CGP), relacionados à apuração de crime de stalking (perseguição, em português) praticado pela servidora”. Segundo a corporação, “o caso cumpre os requisitos previstos em lei, como possibilidade de fuga e obstrução de provas”.

“Ela ficará separada dos demais presos, isso é uma garantia concedida por lei aos agentes da segurança pública”, disse a Polícia Civil.

Investigação

De acordo com as investigações, Rafaela chegou a ligar 98 vezes, em um único dia, para um dos ex-namorados que a acusa de perseguição. As queixas feitas pelo ex-companheiro são de 2018, quando o homem conheceu a policial através de um aplicativo de relacionamentos. O casal chegou a sair algumas vezes, mas o rapaz passou a ser ameaçado quando pediu para terminar o relacionamento.

Em uma das conversas telefônicas, Rafaela teria dito que “ele [ex-namorado] não sabia com quem estava mexendo” e que ele estava “mexendo com fogo”. A mulher ainda teria ameaçado os familiares do ex-namorado. “Acho que você devia ter um pouquinho mais de precaução. Você tem família aqui, você tem pai idoso, tem mãe idosa, eles moram sozinhos. Você tem irmã, tem sobrinho, então para de ser idiota”, ameaçou a agente.

Em 2020, a policial foi sentenciada, em primeira instância, por coação no curso do processo, prática cometida contra o ex-namorado, conforme a Justiça. Luciene respondeu em liberdade, recebeu pena restritiva de direitos, mas recorreu da decisão.