Na cidade de Saubara, Bahia, em maio de 2023, Juliana de Jesus Ribeiro, gerente de supermercado de 30 anos, foi morta a tiros após encerrar suas atividades profissionais. Segundo a investigação, ela foi abordada e alvejada por homens armados enquanto saía do local de trabalho.
Em decorrência desse acontecimento, um policial militar foi detido preventivamente nesta quarta-feira (27), sob suspeita de envolvimento no assassinato. Essa prisão foi resultado de uma ação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), com a expedição dos mandados pela Vara Criminal de Santo Amaro. Vale ressaltar que o policial já se encontrava recluso desde outubro do ano passado, relacionado à Operação Salobro que investigava o envolvimento de policiais militares com milícias na região de Santo Estévão.
Os documentos oficiais destacam que a vítima foi atingida por disparos em várias partes do corpo, como cabeça, face, tórax, abdômen e braços, conforme indicado pelos laudos policiais. As investigações apontam que, duas semanas antes do homicídio, o policial militar, identificado como Diogo Kollucha, foi visto monitorando a rotina da vítima, uma ação que antecipou a execução do crime.
No dia do homicídio, por volta das 19h30, relata-se que Kollucha e um indivíduo não identificado utilizaram técnicas de abordagem policial para render a vítima, exigindo que ela colocasse as mãos na cabeça e se virasse de costas para eles. Foi observado também que o policial modificou as placas do veículo usado no crime, visando obstruir as investigações.
A decisão judicial que instituiu a prisão preventiva do PM destacou a existência de “fortes indícios probatórios” de que ele tenha realizado um “homicídio qualificado”, empregando estratégias que impediram a defesa da vítima, caracterizando a ação como premeditada.