O policial militar Leandro Machado da Silva, implicado no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido em 26 de fevereiro, entregou-se à polícia em 5 de março. Ele compareceu voluntariamente à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
No mesmo dia, horas antes da entrega de Machado, Cezar Daniel Mondego de Souza foi detido por agentes da DHC. Investigação aponta Cezar e um outro suspeito, Eduardo Sobreira Moraes, que permanece foragido, como coautores no caso, envolvidos na vigilância e monitoramento da vítima antes do crime. Leandro Machado da Silva, lotado no 15º Batalhão de Polícia Militar em Duque de Caxias, possui antecedentes por homicídio e participação em milícia. Ele foi identificado como o coordenador logístico do crime, inclusive fornecendo um carro utilizado na ação.
Cezar Daniel, ex-funcionário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi exonerado no início de março, posição que seria assumida por Eduardo Sobreira Moraes, embora esta transferência tenha sido cancelada sem justificativa pública.
A vítima, Rodrigo Marinho Crespo, foi morta após deixar seu escritório, Marinho & Lima Advogados, situado próximo à Ordem dos Advogados do Brasil seção fluminense (OAB-RJ), o Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Crespo era especialista em direito civil empresarial e processual civil.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar declarou que Leandro Machado estava afastado de atividades externas devido a investigações prévias relacionadas a organizações criminosas e estava sob prisão preventiva desde abril de 2021. Uma investigação disciplinar interna pode levar à sua expulsão da corporação. A Polícia Civil continua as investigações para esclarecer todos os envolvidos e os motivos por trás do assassinato.