A Polícia Federal prendeu na segunda-feira (22), o prefeito afastado de Rio Largo, Gilberto Gonçalves.
Gilberto é investigado por desvio de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e Sistema Único de Saúde (SUS).
A PF investiga supostas ilegalidades nas contratações e pagamentos realizados pelo município em favor de duas empresas, para compra de material de construção, peças e serviços para veículos. De acordo com a PF, as companhias teriam recebido cerca de R$ 20 milhões do município.
Conforme PF, a investigação também identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil. As retiradas se deram logo após as empresas terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo.
A Operação Beco da Pecúnia, deflagrada no dia 11 de agosto, resultou no afastamento provisório de Gilberto e quatro secretários municipais de seus cargos.
Além da prisão desta segunda (22), em 2014, ele foi detido, suspeito de facilitar a fuga de um motorista que fazia propaganda política irregular e que havia acabado de receber ordem de prisão por crime eleitoral.
Em 2010, ele foi preso por ameaçar de morte: “com um tiro na cabeça”, um ex-funcionário que entrou com uma ação trabalhista contra ele.
Em dezembro de 2007, ele foi preso pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional. Ele foi acusado, pela Polícia Federal, de participar do desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento do legislativo estadual, durante sete anos.