Uma acusação inesperada virou o centro das atenções em Luzilândia, no interior do Piauí. Durante uma audiência criminal, um detento surpreendeu a todos ao afirmar que um delegado teria enviado dinheiro via Pix para forçá-lo a manter relações sexuais. O caso, que envolve suposta chantagem e transferências bancárias, está movimentando os bastidores da segurança pública local.
O detento, que responde por envolvimento com uma facção criminosa, relatou em juízo que o delegado teria feito transferências financeiras como forma de pressão. Segundo o preso, a recusa em ceder às investidas teria resultado em represálias, incluindo sua própria incriminação em processos criminais. “Ele me mandou Pix e depois me ameaçou quando não aceitei”, declarou o acusado durante a audiência, sem esconder o nervosismo diante do juiz e dos advogados presentes.
A denúncia rapidamente ganhou repercussão, levantando questionamentos sobre a conduta de agentes públicos e a vulnerabilidade de detentos em situações de poder desigual. O delegado, por sua vez, negou veementemente as acusações. Em sua defesa, afirmou que as transferências de dinheiro realmente ocorreram, mas que tinham outro objetivo: obter informações privilegiadas sobre a facção criminosa à qual o preso estaria ligado. “Foi uma estratégia investigativa, não houve qualquer tipo de chantagem sexual”, afirmou o delegado, em nota encaminhada à imprensa.
O caso está sendo acompanhado de perto por autoridades do Piauí. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o valor das transferências ou se há registros bancários que comprovem a versão do detento. A Corregedoria da Polícia Civil foi acionada para apurar a conduta do delegado, enquanto a defesa do preso pede proteção e investigação independente.
A audiência em Luzilândia segue repercutindo, e novas informações devem ser divulgadas conforme o inquérito avança. O delegado permanece no cargo, e o detento segue preso, aguardando os próximos desdobramentos do caso.