A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ação conjunta com forças policiais do estado de Pernambuco, realizou entre os dias 16 e 17 de abril ambientação sobre técnicas de identificação veicular, com o objetivo de combater os crimes relacionados a adulteração, a clonagem, a receptação, o roubo e demais ilícitos de fraudes veiculares.
A operação denominada IMPETUS, teve como foco ações voltadas ao aprimoramento de conhecimentos técnicos, compartilhamento de experiências e atividades práticas no combate às fraudes veiculares. A ideia é formar multiplicadores na temática e de enfrentamento a criminalidade.
As atividades aconteceram em trechos da BR 110, nas cidades de Jatobá e Petrolândia, sob coordenação da Delegacia de Paulo Afonso.
Inicialmente foi realizado uma ambientação e nivelamento sobre os diferentes elementos de identificação dos veículos, possíveis modos de adulteração, legislação vigente e análise documental.
Os participantes puderam confrontar na prática os conhecimentos adquiridos, com ações monitoradas e análise dos mecanismos de identificação veicular.
Das dezenas de veículos vistoriados, 07 apresentavam sinais de adulterações nos seus caracteres identificatórios (06 automóveis e 01 motocicleta). Foram constatados registro de furto/roubo através de consulta das placas de identificação. Seis pessoas foram presas em flagrante e encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil. Eles vão responder pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Também foram apreendidos 06 (seis) munições de calibre 38 e uma capa de colete balístico.
Conforme destaca o PRF Barros a ação integrada é mais um exemplo da união de esforços entre as forças de Segurança Pública voltada para o combate aos ilícitos penais, aumentando o impacto dos prejuízos às organizações criminosas.
Orientação:
A PRF alerta que muito desses veículos são vendidos bem abaixo do valor de mercado e são oferecidos em redes sociais da internet, multiplicando o lucro da associação e tornando rentável o negócio, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados.
Como funciona o crime das fraudes veiculares
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.