Salvador, Bahia – Luiz Enrique Vieira de Souza, ex-professor de sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), enfrenta demissão após acusações de assédio sexual. Souza, diagnosticado com Transtorno Afetivo Bipolar, argumenta que as infrações ocorreram sob influência de sua condição mental, exacerbada por falta de medicação e isolamento durante a pandemia.
Souza reconhece parte das ações mencionadas nas denúncias, expressando arrependimento e destacando o impacto da pandemia em sua saúde mental. Diagnosticado por psiquiatras do Centro de Promoção à Saúde Universitária Rubens Brasil (SMURB), o professor afirma ter fornecido documentação médica à UFBA, mas alega que decisões administrativas foram influenciadas por pressões políticas de grupos internos à universidade.
O processo envolveu a avaliação de uma junta médica do SMURB, que confirmou a presença do transtorno. Souza relata que, apesar do reconhecimento médico de sua condição e das recomendações de suspensão temporária sem salário pela Comissão de Ética, a administração optou pela demissão. Ele insiste que esta decisão ignorou a orientação técnica e os relatórios médicos, atribuindo-a a fatores políticos e à influência de coletivos dentro da instituição.
Segundo o ex-professor, a ação da diretoria desconsiderou diretrizes da Consultoria-Geral da União (CGU) que recomendam seguir as conclusões das comissões de Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Ele afirma que está sendo injustamente perseguido e que buscará reparação legal pelos danos sofridos.
A assessoria de comunicação da UFBA, contatada para comentar o caso, optou por não emitir uma declaração oficial.
