Promotor afastado admite relações sexuais com 20 presos, mas nega envolvimento com facção

Tales Fonseca Tranin, investigado no Acre admite ter feito sexo com cerca de 20 presos monitorados, mas nega envolvimento com facção criminosa.

Foto: Reprodução

O promotor de Justiça do Ministério Público do Acre, Tales Fonseca Tranin, negou envolvimento com facções criminosas, mas admitiu ter mantido relações sexuais com presos. A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa com seus advogados na sexta-feira, 13 de setembro. Tranin está sendo investigado por possível envolvimento com uma facção criminosa e afirmou que teve encontros sexuais com detentos do sistema prisional acreano, estimando que esses encontros envolveram cerca de 20 presos monitorados.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) afastou Tranin de suas funções no dia 20 de agosto. A decisão foi unânime, tendo o corregedor nacional, Angelo Fabiano Farias da Costa, deferido o pedido, cujo autor não foi divulgado. A investigação cita suspeitas de que os encontros com os presos, alguns deles ligados a facções criminosas, ocorreram durante inspeções realizadas no horário de expediente e mediante pagamento.

Desde 2019, Tranin atuava na 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídios. Ele também participou das negociações da rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, ocorrida em julho de 2023. A investigação foi solicitada pelo procurador-geral do MP-AC, Danilo Lovisaro do Nascimento, e foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Acre, em função do foro privilegiado do promotor.

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