Lincoln Gakiya não é um promotor comum. Com 33 anos dedicados à justiça, ele vive hoje uma realidade que poucos podem imaginar: estar sob escolta policial 24 horas por dia devido às ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil.
Recentemente, quatro integrantes do PCC, identificados como Carlos Alberto Damásio (“Marlboro”), Roberto Cardoso de Aguiar (“Viola”), Gabriel Nakis Gonçalves e Tony Ricardo Silveira, foram condenados. O motivo? Planejarem executar autoridades públicas. Eles receberam penas que variam de nove a 11 anos e quatro meses de reclusão. Ainda que neguem, os registros apontam para o seu envolvimento no plano.
Em entrevista à Rádio Metrópole, Gakiya revelou detalhes da pressão e do risco que enfrenta diariamente. “A realidade de andar escoltado dia e noite, renunciando lazer e até momentos em família, é a que vivo agora”, disse. Ele contou que as simples alegrias, como visitar o Nordeste, especialmente a Bahia, são privilégios do passado.
O promotor está no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) desde 2008. Mas seu trabalho direto na investigação da facção paulista já alcança a marca de 15 anos.
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