Uma seita religiosa no Quênia que incentivava seus fiéis a jejuarem até conhecer Jesus foi descoberta pela polícia após denúncias de moradores locais. O caso chocou o país, com a descoberta de mais de 70 corpos de fiéis que teriam morrido em decorrência do jejum prolongado. O pastor evangélico responsável pela seita, Makenzie Nthenge, está preso e sendo investigado pelas autoridades quenianas.
Os corpos foram encontrados na floresta Shakahola, na cidade de Malindi, no leste do país. Lideranças locais acreditam que muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata jejuando. O pastor Nthenge e seis seguidores foram detidos pela polícia durante as investigações.
Segundo a imprensa local, o pastor já havia sido preso em março deste ano por problemas envolvendo a seita, mas foi solto após pagar fiança. O líder religioso agora enfrenta acusações de homicídio culposo, já que as investigações apontam que ele incentivava seus fiéis a jejuar sem supervisão médica adequada.
O caso tem gerado uma grande comoção no Quênia e levantado discussões sobre a regulamentação e fiscalização de seitas religiosas no país. Muitas vezes, essas organizações operam sem nenhum tipo de supervisão ou controle, colocando em risco a vida de seus seguidores.
Enquanto as investigações continuam, o país está em luto pela perda de mais de 70 vidas em circunstâncias trágicas e evitáveis.