No último sábado (3), um homem, de 28 anos, foi socorrido depois de ter uma crise de epilepsia no meio da audiência de custódia, no Distrito Federal. De acordo com o advogado do preso, Paulo Geovane Ventura Cavalcante teve o episódio convulsivo pois não recebeu o medicamento de uso contínuo. Ainda de acordo com o defensor, o remédio foi entregue por familiares na delegacia onde o suspeito estava preso.
Na quinta-feira da semana passada (30), Paulo foi detido em flagrante após tentar roubar o celular de uma mulher. O homem teria utilizado uma arma branca quando a abordou.
O advogado e parentes do homem teriam entregue, no mesmo dia da prisão, a medicação que ele usa diariamente para tratamento de epilepsia grave. Os familiares também apresentaram aos policiais laudo e prescrição médica que comprovam a condição neurológica dele.
“Os familiares questionaram o motivo de se recusarem a entregar à medicação ao Paulo e foram informados de que ele não precisaria se medicar, pois logo sairia de lá. Pareceu um certo descaso por parte deles com a doença”, afirma o advogado.
Dois dias depois da prisão, durante uma audiência realizada por videochamada, o acusado teve uma convulsão por não ter tomado os medicamentos. De acordo com Hélio, aquela era a sétima crise somente na manhã de sábado.
Em uma nota oficial dada pela Polícia Civil do DF (PCDF), por meio da 26ª DP, foi informado que tal fato não chegou ao conhecimento de ninguém da delegacia, “não tendo havido registro de qualquer indício na unidade de condição que tenha levado ao fato narrado”.