Série de assaltos por falsos entregadores de delivery em bairros nobres gera alerta

São Paulo enfrenta aumento de roubos realizados por supostos entregadores, afetando bairros nobres da cidade.

São PauloCâmeras de segurança registraram diversos assaltos cometidos por indivíduos se passando por entregadores de delivery em áreas nobres da capital paulista. Os alvos principais incluem celulares, joias e relógios de alto valor. Em um dos casos, a vítima teve o cartão de crédito subtraído.

Esses episódios coincidem com um aumento nos índices de roubos nessas regiões, conforme dados oficiais. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que diligências estão em andamento para identificar e capturar os responsáveis.

Um dos eventos ocorreu na Rua Gomes de Carvalho, Vila Olímpia, zona oeste de São Paulo. As imagens mostram um homem com capacete e mochila de delivery abordando um casal e levando seus pertences. O assalto ocorreu às 22h47 do dia 6 de janeiro. As imagens são cortesia da empresa Gabriel.

Outro caso semelhante foi registrado na Rua Itacema, Itaim Bibi, também na zona oeste, onde um suposto entregador fugiu com o cartão de crédito de um cliente. Além disso, na Rua Pitú, Brooklin, zona sul, um assaltante armado roubou o celular de uma pedestre em plena luz do dia, por volta das 7h45, em 21 de dezembro de 2023.

De acordo com a SSP, o 96º Distrito Policial (Monções) registrou um aumento de 21,3% nos roubos entre janeiro e novembro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. No 15º Distrito Policial (Itaim Bibi), o aumento foi de 27,7%.

A SSP destaca o empenho das forças de segurança no combate a esses crimes. Mais de 2,9 mil celulares foram recuperados e 9.350 infratores detidos nas áreas mencionadas, com a apreensão de 819 armas de fogo. A “Operação Mobile”, específica para combater esses crimes, resultou na prisão de 530 pessoas na capital paulista.

Um caso notável envolveu o cardiologista Roberto Kalil, médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro. O assaltante, identificado como Carlos Henrique Santana, confessou sua participação no crime.

O iFood, em nota, condenou o uso indevido de sua marca e reiterou seu compromisso com a segurança, colaborando com as autoridades na identificação de criminosos. O Rappi foi contatado para comentários, mas não respondeu até o momento desta publicação.