No Distrito Federal, o trágico falecimento de Pietra Isaac, de apenas 7 anos, provocou uma controvérsia significativa a respeito do diagnóstico e tratamento médico oferecido a pacientes com sintomas de dengue. A menina, que inicialmente foi diagnosticada com bronquite e virose, acabou morrendo em decorrência da dengue.
Camila Isaac, mãe de Pietra, relatou uma série de eventos que culminaram na morte de sua filha. Segundo ela, após o primeiro diagnóstico, Pietra foi novamente levada ao Hospital Daher, no Lago Sul, devido ao agravamento de seu estado de saúde. Uma médica que a atendeu nesta segunda visita diagnosticou a criança com dengue e sugeriu o encaminhamento para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), especializado em tratamentos pediátricos e considerado referência nesse tipo de atendimento.
Entretanto, um outro médico, cujo nome não foi divulgado, avaliou Pietra durante a troca de plantão e discordou do diagnóstico anterior, aconselhando tratamento domiciliar com hidratação e descanso. A mãe da menina reportou que este profissional minimizou a gravidade do quadro, atribuindo o comportamento da criança a “dengo”.
Dois dias após essa avaliação, Pietra, cujo estado de saúde se deteriorou rapidamente, começou a vomitar sangue. A família, em desespero, a levou ao Hmib, mas infelizmente, a menina faleceu na última sexta-feira (17).
Diante desse trágico acontecimento, Camila Isaac registrou um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), acusando negligência por parte da equipe médica que atendeu sua filha. O caso agora está sob investigação policial.
