Sul da Bahia: TRF1 aumenta pena de homem condenado por distribuição de pornografia infantil na internet

Um homem no sul da Bahia enfrenta uma pena mais rigorosa por pornografia infantil na web, após um recurso do MPF ao TRF1.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) aumentou a pena de um homem acusado de armazenar e distribuir pornografia infantil pela internet no sul da Bahia, acolhendo recurso impetrado pelo Ministério Público Federal (MPF). A pena aplicada pelo TRF1, quatro anos de reclusão, foi substituída pelas penas alternativas: prestação de serviços à comunidade e pagamento de prestação pecuniária no valor de dois salários mínimos.

O Recurso do MPF

No recurso apresentado, o MPF solicitou a condenação por um crime adicional de pornografia infantil, bem como um aumento substancial da pena de reclusão para o crime pelo qual o réu já havia sido condenado. A entidade também defendeu a execução da pena em regime fechado.

Anteriormente, o réu estava detido por ordem judicial. No entanto, com a decisão de condenação, a Justiça Federal em Ilhéus revogou a prisão preventiva.

A fundamentação do MPF para a apelação incluiu normas nacionais e internacionais de proteção aos direitos das crianças e adolescentes, como a Convenção sobre os Direitos da Criança, a Resolução n° 20/2005 do Conselho Econômico e Social da ONU, as Diretrizes para a justiça em assuntos envolvendo crianças vítimas ou testemunhas de crimes, a Lei n° 13.431/2017 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O recurso do MPF foi protocolado em 19 de maio, um dia após o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que é celebrado em 18 de maio. As razões de apelação foram protocoladas na última terça-feira (6).

Em resposta ao veredito, o MPF reiterou seu compromisso em garantir uma punição proporcional à gravidade das ações do réu, destacando a necessidade de proteger os direitos das crianças e adolescentes.

A decisão do TRF1 demonstra um posicionamento firme contra a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes, reforçando a importância da luta constante para proteger os mais vulneráveis na sociedade.