Raul Ferreira Pelegrin, 41 anos, suspeito de ter cortado a corda de segurança de um trabalhador que realizava a limpeza da fachada de um prédio em Curitiba, Paraná, foi encontrado morto na madrugada de sexta-feira, 5 de abril. O óbito ocorreu no Hospital Angelina Caron, para onde Pelegrin foi encaminhado após apresentar dificuldades respiratórias na noite anterior. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Pelegrin estava detido desde o dia 14 de março, data do episódio, sob a acusação de tentativa de homicídio formulada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ele se encontrava na Casa de Custódia de Piraquara (CCP) desde 27 de março, conforme informações da Polícia Penal do Paraná.
Além de ser sócio-administrador da empresa Pelegrin Importação e Exportação, Pelegrin residia em um apartamento na cobertura de um edifício localizado na Avenida Silva Jardim, Bairro Água Verde, em Curitiba. Nas redes sociais, ele se descrevia como um “empreendedor, mochileiro e pessoa que gosta de viver”.
A defesa de Pelegrin relatou que, já no dia do incidente, informou à unidade prisional que o detido sofria de problemas relacionados à dependência química, uma condição que o afetava há anos, tendo inclusive necessitado de internação compulsória anteriormente. Em 16 de março, os advogados solicitaram sua liberdade provisória para que pudesse ser admitido em uma clínica particular para tratamento especializado, pedido que foi negado. Posteriormente, em 27 de março, foi feito um pedido de revogação da prisão preventiva, que também não foi atendido pelo Juízo Criminal.
O MP-PR alega que Pelegrin cortou intencionalmente a corda do trabalhador, que estava limpando as janelas do 6º andar, sem motivo aparente. A queda foi evitada graças a um dispositivo de segurança.