Suspeito de matar delegada usou CRM do pai para trabalhar em hospitais da Bahia

Tancredo Arruda, suspeito de matar a delegada Patrícia Aires, atuou ilegalmente no Hospital Municipal de Serrinha e em hospitais de Conceição do Coité e Euclides da Cunha.

Imagem: Redes sociais

Tancredo Neves Feliciano de Arruda, o homem suspeito de assassinar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, já trabalhou em outros dois hospitais na Bahia utilizando o CRM (registro no Conselho Regional de Medicina) do pai. Além de ter atuado no Hospital Municipal de Serrinha, ele também passou pelos hospitais de Conceição do Coité e Euclides da Cunha.

Essa informação foi divulgada na terça-feira (13), mesmo dia em que Tancredo, de 26 anos, foi transferido para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Além de ser o principal suspeito no caso da morte da delegada, Tancredo também enfrenta acusações de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.

O relatório final da 1ª Delegacia Territorial de Euclides da Cunha, datado de 15 de outubro de 2022, detalha uma ocorrência no Hospital Português de Euclides da Cunha que envolve o suspeito. As identidades de terceiros mencionados no documento foram preservadas.

De acordo com o inquérito, um médico que trabalhou no Hospital Unidade Regional de Conceição do Coité relatou que conheceu Tancredo e seu pai, o Dr. A. F. de A., e descreveu o modus operandi da dupla. Segundo ele, o pai servia como uma espécie de álibi, enquanto Tancredo, que possui um diploma de medicina supostamente emitido no Paraguai sem validação no Brasil, realizava os procedimentos mais invasivos.

O mesmo médico também informou que, quando foi transferido para o Hospital Municipal de Euclides da Cunha, encontrou novamente os dois atuando no local, embora em plantões esporádicos.

Reprodução/Calilanotícias